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A Mulher de Bath

De Geoffrey Chaucer

Tradução José Francisco Botelho

Direção Amir Haddad

Participação do ator e músico Alessandro Persan

 

“Se não houvesse em toda a Terra imensa, autoridade além da experiência, a mim isso seria suficiente, pra fazer um relato contundente, das mazelas da vida de casado.” Assim nos diz A Mulher de Bath ao se apresentar para o público.  O fato é que ela enterrou cinco maridos e agora quer mais um.

À beira de uma estrada, em plena Inglaterra medieval, uma mulher de vasta experiência e de ardorosa oratória conta a história de sua vida exemplar, universal e única: seus amores incansáveis, seus rancores, suas paixões e vinganças, suas traições e sua grandeza, seu conhecimento profundo do pecado, da salvação e do espírito humano.  E ela o faz sem poupar ninguém, nem a si própria.  As coisas são ditas como coisas como são, sem enfeites, de forma clara, irreverente, e direta. Movida por um humor visceral, Alice sugere que o comando nas mãos da mulher não leva à guerra, ou submissão, mas ao bem estar comum.  A Mulher de Bath é uma mulher à frente de sua época, e deixará de queixo caído as feministas da atualidade.

A Mulher de Bath, personagem dos Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer, (escritos em 1380 mas publicados pela primeira vez em 1475), é uma das figuras basilares da literatura ocidental, precursora de Shakespeare e do indivíduo moderno. O conto vira teatro pela primeira vez por iniciativa de Maitê. Chega aos palcos brasileiros pela primeira vez, em uma tradução que resgata a eloquência popular de sua fala: a alma pulsante da Idade Média volta à vida em versos inspirados no cancioneiro popular e na poesia oral do interior do Brasil.

A premiada tradução de José Francisco Botelho busca inspiração na poesia popular brasileira, do repente nordestino à trova gaúcha, para reviver entre nós a exaltação e a grandeza da Idade Média.

A peça é uma adaptação gestada na já premiada união teatral da atriz Maitê Proença com o diretor Amir Haddad. O primeiro encontro entre eles aconteceu em 2012 na peça As Meninas - Prêmios APTR melhor autoria (Maitê e Luiz Carlos Góes), melhor atriz (Patrícia Pinho), melhor figurino (Beth Filipecki) – seguido de À Beira Do Abismo Me Cresceram Asas, em 2014 - Prêmio APTR melhor atriz para Clarisse Derziê.


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