Navegar é Preciso 2018
Igarapé, encontro das águas, botos, passeios na floresta, silencio, ruídos selvagens, mistério. Tudo delícia total. E houve mais que isso. Os horários eram cumpridos a risca, todo o combinado acontecia como se estivéssemos na terra firme de um país protestante. Mas era o Rio Negro, era a Amazônia, era a selva. E nem calor fazia. Mosquito? quem disse? Tudo surpreendia. Depois dos passeios exóticos aconteciam os encontros literários, autores se entrevistavam contemplando um a obra do outro. Desde a primeira entrevista estabeleceu-se a verdade como tônica. Não sei se por estarmos na selva com a pujança da natureza a redimensionar o tamanho das coisas, nossas vaidades abriram espaço pra o que interessa, e o real pode assim se apresentar. Nada seria mostrado na tv, ou em facebooks sensacionalistas. Aquilo era para nós, escritores, artistas cênicos, músicos, e o público de leigos interessados e interessantes que tripulava o navio. Depois dos encontros, novos encontros. Sentávamos à mesa, variando de lugar pra comer e conversar cada dia com um grupo diferente. O celular foi abandonado já que não pegava mesmo e isso lembrou a todos como gostamos de um bom papo sobre questões universais, sem interrupções fúteis pra coisa alguma. Que delícia ter de volta o tempo pra sair do umbigo, escutar o outro, e trocar ideia à moda antiga. Esta foi a oitava edição e ano que vem tem mais. Recomendo! http://www.livrariadavila.com.br/navegar/