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Brumadinho/MG

Março 2011 

Inhotim é diferente de tudo que se conhece como forma de expor arte. Entra-se num parque com plantas brasileiras e exóticas, imensa variedade delas, lagos azuis, pássaros, borboletas, terra, areia, água, grandes instalações internas e externas, tudo ali plantado para escancarar beleza ou atiçar os sentidos da gente. Os pavilhões fechados, um pra cada artista, são bem separados uns dos outros. A gente sai de um, anda pelo corredor de orquídeas-bambu, senta embaixo do Tamboril gigante, deita, visita outro artista, almoça a comida-delícia, atravessa mais uma galeria com proposta inteiramente diferente da anterior, se encanta, dança com um bailarino translúcido, chora, corre pelo corredor de palmeiras, e ... passa o dia. É uma experiência lisérgica, ainda que de enlevo tranquilo. Ao contrário do que acontece qdo se entra num museu com a obrigação de absorver o mundo em espaço de tempo sempre menor do que a gente tem, ali o que se vê 'baixa' na gente. As caminhadas pelo jardim sedimentam a experiência, e sem esforço, sem qq intenção, percebe-se depois, que tudo se reteve, nada derreteu da memória. E tudo vai ficar pra vida. Eu ainda dei a sorte de ficar hospedada dentro do País das Maravilhas, na casa de Bernardo Paz, o criador dessa aventura, um visionário encantador!

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