"Virei macrobiótica em Portugal. Conheci um brasileiro e uma holandesa casados, que viviam numa aldeia da região do Algarve. Ali, todas as mulheres se vestiam de preto e toda a gente vivia a base de trocas, comendo o que era produzido dentro da comunidade. Trocava-se amêndoas por repolho, tomates por ovos. Na época, há mais de vinte anos, perto de Albufeira, ainda havia lugares assim recolhidos. Emprestaram-me uma casinha vazia que tinha a porta trancada - a janela era aberta e por ela eu entrava. A holandesa contou-me que havia se curado de uma cegueira com a alimentação macrô. Encantei-me. Por um mês mergulhei naquela forma de vida e até hoje carrego resquícios dessa temporada."