Vida » Vida e obra » 1990
19
90

O ano de 1990 pode ser considerado um mergulho visceral. Maitê se descobre, se parte, se realiza. A morte do pai trouxe o interesse por investigações espirituais. Uma partida às vezes traz significado para novos começos. Dessa forma, a umbanda, o candomblé e, o Santo Daime passaram a integrar suas especulações sincréticas da fé. Seja na estrada ou através da religião, para Maitê a palavra de ordem é experimentação.

"Meu interesse pelas religiões sempre foi algo diferente, uma curiosidade inusitada, pois fui educada de maneira muito cética em relação a tudo o que fosse místico. Não é como redescobrir Deus para quem já teve um. É uma investigação, por isso preciso experimentar as religiões sem restrições. No caso do Daime, foi um processo de compreensão, um mergulho profundo no autoconhecimento."

Em processo de autoconsciência, mais um golpe: o irmão Zuza parte também, seis meses após a morte do pai. Maitê passa por isso com a filha na barriga. Metáfora perfeita da renovação da vida. Em outubro, nasce no Rio de Janeiro Maria Proença Marinho, fruto de sua história de, agora, já dez anos com Paulo.