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A paixão de Maitê pelo Botafogo causou furor entre todas as torcidas cariocas. Na verdade, a história começa ainda no final de 2014. Com o rebaixamento do seu time, Maitê “promete” em rede nacional, mais precisamente no programa Extraordinários do SPORT TV, também apresentado por ela, ficar nua caso o retorno à série A fosse garantido em 2015. Antes mesmo da classificação confirmada, a torcida alvinegra já clama pelo pagamento da promessa ao som da marchinha de carnaval criada por Carlos Montes: “Maitê, é isso aí/Prometeu agora vai ter que cumprir”.  Não decepcionou. Fez ao vivo, sem retoques ou truques. Numa encenação de humor, com o corpo “tatuado” de preto e branco, as cores de seu time, Maitê mostrou que tem palavra.  E o fez, claro, com sua marca registrada, o bom humor.

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Maitê excursiona o país com a peça À beira do Abismo me cresceram Asas, a terceira que escreveu.  Neste caso ela também dirige, ao lado de Clarice Niskier, e atua, ao lado de outra Clarisse, a Derzié. Dá samba. Faz repetidas temporadas em São Paulo e retorna também por cinco vezes ao Rio, além de visitas em uns quinze outros estados do país.  A peça ficará em cartaz por dois anos com Fernanda, que, em 2015, em função de outra novela na Globo, se faz substituir por Ana Lucia Torre.  Ela se faz presente também no Carnaval. A participação no desfile da escola Beija Flor se dá pela homenagem ao diretor de televisão Boni.

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Maitê volta à televisão com o remake da novela Gabriela, onde vive Sinhazinha. Ao término das gravações, viaja para a Alemanha, começando a viagem por Bayreuth, para a temporada de ópera no teatro concebido por Richard Wagner. Está acompanhada por Vittorio Rossi e Ivaldo Bertazzo, dois amigos de longa data. Paul, e um amigo/irmão de adolescência (da época do Pensionato Luterano e Escola Americana) que vive no país. Com Paul Mathiassen, Maitê segue para Kassel, onde acontece a Feira Internacional de Arte Contemporânea Documenta. Dali, partem para um passeio de bicicleta pela região do Rio Mosel, que incluem pernoites num monastério budista da linha de Tich Nchat Hanh.  

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Mergulho-contemplação-aprendizado: tomo a liberdade de assim definir o ano de Maitê. O processo começa cedo. No Carnaval Maitê se torna aluna de Charles Watson. O educador escocês conduz há muitos anos o reconhecido curso “O Processo Criativo”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Fruto de uma pesquisa interdisciplinar, o curso ultrapassa o universo das artes e traz referências da ciência, da física, da matemática e da filosofia para pensar, de maneira não óbvia, a resolução de problemas. A experiência de desconstrução/aprendizado segue em Brumadinho/Minas Gerais. Após finalizar o curso no Rio de Janeiro, Maitê vai à Inhotim, um templo da arte contemporânea bem no meio de Brasil. Se inspira, se renova e, como muitas vezes ocorre ao longo dessa trajetória, segue para São Paulo com o objetivo de engajar-se ideologicamente.  O movimento desta vez é o Bem Querer Mulher, contra a violência doméstica.

Calma, estamos ainda em março. Abril traz consigo a continuidade dos estudos sobre artes conceituais. Dessa vez, os cenários escolhidos são México e Nova Iorque. No primeiro, visita galerias de arte contemporânea, museus e sítios arqueológicos. No segundo, focaliza arquitetura, design de móveis e lojas. Para tanta busca, há de ter descanso. E ele chega através da Serra da Mantiqueira, em Ibitipoca mais uma vez. A reserva florestal com grutas, montanhas e cachoeiras propicia a leitura e os estudos. É preciso digerir o conteúdo apreendido em um início de ano efervescente antes que uma nova partida seja anunciada.

Dessa vez, acompanha Charles Watson em viagem de pesquisa por Veneza e Londres. E então Maitê volta. Maitê sempre volta. E a volta para casa traz também suas novidades. Ao retornar ao Brasil, recebe de seus fãs o Canal Maitê. A homenagem reúne em um canal no site Vimeo diversos trechos de trabalhos feitos por ela ao longo de sua carreira. (www.vimeo.com/canalmaite).

Logo após, um novo encontro com seu público no restaurante Pergola, do Copacabana Palace, é realizado. As demonstrações de carinho não cessam. Imagino que motivadas pela saudade de uma Maitê que novamente encarou a estrada como morada. Para fechar o ano, uma temporada em Nova Iorque, novamente com seu grupo de estudos.  

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O ano começou com um grande desastre natural: em janeiro um terremoto devastou o Haiti e agravou ainda mais suas condições sociais. Dois meses após o ocorrido, em março, Maitê é liberada de seus compromissos profissionais e viaja para o país a fim de prestar auxílio às vítimas. Sua atuação acontece através da ONG “Os Expedicionários da Saúde”, composta por médicos voluntários e idealizada por Ricardo Affonso Ferreira, o primeiro namorado “pra valer”, com quem, durante a adolescência, viajou o mundo.